Por vezes é preciso cortar os galhos!



Minha mãe e minha avó amam cuidar de plantas. Isso, pelo menos para mim, as tornam especialistas.
Numa dessas oportunidades de ver minha mãe fazendo seu ofício de prazer, observei que ela cortava vários galhos de uma determinada planta e eu não entendia direito o porquê. Afinal, aos meus olhos, a bendita plantinha estava linda e aparentava estar muito bem obrigada!

Como eu não era nenhuma especialista no assunto, partir para questioná-la sobre tal ato. Foi então que tive uma resposta maravilhosa. "Algumas são parasitas outras é preciso que, vez em quando, seja feito um corte em galhos para que o tronco possa crescer mais livre e forte, pois tudo demais é sobra!". Essa resposta pode, para os desavisados, não parecer, assim de cara, uma lição de vida, mas pra mim caiu como uma luva naquele momento. Todo mundo que tenha prestado minimamente atenção nas aulas de Biologia pode lembrar que nem todas as plantas vivem apenas de Luz Solar e Fotossíntese, e, justamente, essa excessão são as parasitas. Não sei ao certo como foi o restante do meu dia, mas lembro de sair de lá com essa lição na cabeça!

Com isso, quero dizer uma coisa para vocês. Minha maior lição de 2017 foi sobre a real função de desapegar das coisas. E aqui me refiro, a todos os âmbitos que essa palavrinha carrega, que vão desde crenças limitantes à pessoas que não me agregam em nada, mas o último, e não menos importante foi: fazer escolhas sem um real propósito.

Existem em nossas vidas diferentes tipos de galhos. Alguns são ramos que decidimos seguir e que se referem à nossas escolhas e há outros que se estabelecem em nossos galhos por atração consciente ou não, mas essas, em muitos casos, são infrutíferas, como as plantas parasitas. Alguns dos galhos que deixamos crescer florescem muito bem, outros não e esses devem ser cortados como fez minha querida mãe.
Quando feitos de forma atenta, não causam nenhum desconforto além do necessário. Isso podemos chamar de desapego consciente. Este ato, e com certeza de causa, tornam nosso tronco muito mais fortes. E quanto aos galhos infrutíferos, que deixamos de algumas forma se fazerem presentes em nossas vidas e que são tão falsos quanto sua real natureza parasita, eles se quebram com muita facilidade, pois não possuem propósito algum, a não ser de roubar nossas energias, saúde, o que por vezes dificultam até mesmo que notemos que esteja acontecendo.

Agora deixe-me explicar um pouquinho como os parasitas funcionam de uma forma um pouco cientifica. Do mesmo modo que nós, serumaninhos, estabelecemos relações com outras pessoas ou até mesmo coisas, a natureza faz o mesmo, na verdade aprendemos com ela. Inclusive as parasitas tem até categorias como as Holoparasitas, que são as parasitas totais, que perdem por completo sua função de fotossíntese. Outras plantas parasitas desenvolvem órgãos de sucção super especiais, que são usadas para penetrar os feixes que levam os nutrientes da planta que elas estão usando como hospedeira, mas muitas delas são subterrâneas ou vivem no tecido da hospedeira e só são percebidas na época da floração pois somente nesse momento se tornam visíveis no exterior.
Agora me digam se todas essas espécies de parasitas não se aplicam em muitos casos ao que vivemos na vida real, com algumas pessoas?

Pois, então, assim também é em nossa vida. Deixamos que parasitas, que sequer respiram sozinhas, façam parte de nossas vidas. Tem também as que permitimos que suguem nosso sangue direto da veia e tem aquelas que crescem dentro de nós silenciosamente. Então, por vezes, é preciso cortar nossos galhos, mesmo que não pareça fácil, como fez minha mãe ao cortar uma planta. Mas se faz sempre necessário tal ato, não só para tirar o que não serve mais, como também para nos fazer mudar para outros olhares.
Assim, preservaremos certas forças realmente necessárias, pois, se quisermos crescer de verdade nossa alma, aparar é sempre preciso!

E vocês? O que tem precisado aparar em suas vidas? Me contem aqui nos comentários.

Beijo grande da #bah e até mais!

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