A Flor de Raphael

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Preciso fazer uma confissão, nunca ganhei flores. Com esse relacionamento EAD com meu pretinho carioca a possibilidade de receber flores estava mais uma vez fadada ao fracasso, mas eu realmente não contava com a presteza dele e pra minha surpresa recebi um bouquet de rosas vermelhas. Ser piegas não é muito a minha cara, mas assumo que o amor é brega e ultimamente só falta pochete no meu look.
Não sei como nem porque o Bouquet me fez lembrar da flor de Jorge Tadeu, assim como toda criança da década de 90 eu sonhava em comer a tal flor de Jorge Tadeu, não sabia muito o que tudo significava até  mesmo porque no ano de 1992 época no qual a novela foi transmitida eu tinha apenas seis anos de idade. Achava realmente incrível a ideia de comer uma flor e alguém aparecer, mas uma novela é uma obra de ficção e obviamente a história do fotógrafo sedutor encenado por Fábio Junior era apenas um historinha.
Agora, diga isso para uma criança de seis anos. Bem mais tarde já na adolescência essa história sempre vinha a mente já que minha mãe adorava plantas e não faltava a mesa um jarro com lírio da Paz ou anthurium andraeanum como é chamada cientificamente a famosa flor de Jorge Tadeu. Um dia resolvi dar uma leeeeeve mordidinha na flor, mas para minha surpresa nem Jorge apareceu e pior o diacho da flor amarga que nem o cão. Hoje sei que a flor estar longe de ser comestível, mas para minha gloria estou viva.
Meu olhar infantil não me permitia perceber o contexto fálico, sexista e machista do enredo, na novela era visível que a semente da flor fazia uma alusão a um pênis, uma cena nada romântica para uma criança reproduzir. Hoje já adulta e vacinada afirmo que não comeria a bendita flor, Fábio Jr. até que era gatinho, mas não faz o meu tipo. Manter namoro a distância não e nada fácil, já fazem dois meses que não vejo meu namorado. Agora pensando sobre o porque lembrei da flor de Jorge Tadeu consigo perceber que se fosse possível "comeria" uma flor de Raphael pra aparecer agora no Rio de Janeiro com meu preto.

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